Justiça do Maranhão suspende mais de 4.500 filiações partidárias consideradas irregulares no PT

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A Terceira Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) decidiu, nesta quinta-feira (3), suspender os efeitos de decisões tomadas pela chamada “Câmara de Recursos do Diretório Nacional” do Partido dos Trabalhadores (PT), que havia reabilitado mais de 4.500 filiações partidárias supostamente irregulares no Maranhão.

A medida atende parcialmente a um pedido de tutela de urgência apresentado por Genilson Roberto Alves da Silva e outros integrantes do partido, que contestam a validade das filiações restabelecidas e alegam indícios de fraude, como o uso de e-mails padronizados e formulários preenchidos de forma idêntica, além da ausência de etapas obrigatórias, como reuniões formativas.

Os autores do recurso afirmam ainda que a instância responsável pela reversão das impugnações — a “Câmara de Recursos” — não possui previsão estatutária nem jurídica, sendo, portanto, considerada inexistente do ponto de vista legal. Documentos anexados ao processo, como o ofício da Secretaria Estadual de Organização do PT/MA, reforçam esse entendimento ao apontar a ausência de amparo regimental para a atuação do referido órgão.

O desembargador Ricardo Duailibe, relator do caso, entendeu que havia risco de dano irreparável à legitimidade do Processo de Eleições Diretas (PED) do partido, previsto para ocorrer no próximo sábado (5). Segundo ele, as decisões tomadas por uma instância sem respaldo jurídico podem comprometer a lisura do pleito interno e desequilibrar a composição do colégio eleitoral.

Com isso, a Justiça determinou a exclusão, até nova deliberação, dos filiados reabilitados por essa instância do processo eleitoral interno. A decisão também ordena a notificação do juízo de origem e a manifestação do Ministério Público.

 

 

 

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Da Redação

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