Justiça bloqueia R$ 1,2 milhão de homem que matou gari e de delegada

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A Justiça de Minas Gerais determinou o bloqueio de mais de R$ 1,2 milhão em bens do empresário Renê Júnior, de 47 anos (foto em destaque), acusado de matar o gari Laudemir Fernandes, em Belo Horizonte. A medida também atinge a esposa dele, a delegada Ana Paula Balbino.

A decisão, da 3ª Vara Cível de Contagem, na região metropolitana, atendeu a um pedido de reparação de danos feito pela filha da vítima, uma adolescente de 15 anos, com parecer favorável do Ministério Público de Minas Gerais.

Segundo a determinação judicial, devem ser bloqueados R$ 611.880 em bens de cada um dos acusados. Renê responde por homicídio qualificado e outros crimes. Já Ana Paula foi indiciada por prevaricação e por ter emprestado a arma usada pelo marido no crime.

A Justiça ainda ordenou a indisponibilidade de todos os imóveis do casal, proibiu a transferência de veículos para terceiros e determinou consultas a cartórios e declarações recentes do Imposto de Renda para verificar outros bens ocultos.

  • Na última segunda-feira (15/9), a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público de Minas contra o empresário.
  • Ele virou réu por homicídio triplamente qualificado, porte ilegal de arma de fogo, ameaça e fraude processual.
  • A partir de agora, vai ser iniciada a fase judicial do processo pelo 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, com as audiências de instrução.
  • Além disso, a Justiça também determinou o desmembramento do processo em relação à Ana Paula Balbino.
  • Já que os crimes atribuídos à ela não envolvem violência e têm pena inferior a quatro anos, possibilitando, assim, um acordo com o Ministério Público.
  • A delegada Ana Paula também é investigada pela Corregedoria da Polícia Civil por transgressão disciplinar, que pode resultar na exoneração dela do cargo.

O crime e a prisão

Renê Júnior foi preso em 11 de agosto, em Belo Horizonte (MG), acusado de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, 44 anos, durante uma discussão de trânsito.

O crime ocorreu pela manhã, no bairro Vista Alegre, enquanto a vítima trabalhava na coleta de lixo. Testemunhas relataram que Laudemir e outros garis recolhiam resíduos quando o empresário passou de carro e iniciou a confusão.

Após atirar contra o gari, Renê não demonstrou preocupação: seguiu para o trabalho, voltou para casa, passeou com os cachorros e, em seguida, foi treinar em uma academia de ginástica — onde acabou preso pela polícia.

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Da Redação

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