Julgamento de acusado de morte de mãe e filha é adiado pela 2ª vez

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A Justiça adiou, pela segunda vez, o julgamento de duplo homicídio que tem como acusado Geraldo Abade de Souza, apontado como mandante das mortes de Graça Maria de Oliveira e Talita de Oliveira Frizeiro, mãe e filha, em São Luís. O crime ocorreu em 8 de junho de 2020, mas o júri popular ainda não foi realizado.

Após o primeiro reagendamento, a sessão estava marcada para o dia 27 de novembro. No entanto, a Justiça entendeu que ainda havia pendências no processo e remarcou o julgamento para o dia 14 de abril de 2026, às 9h, no Fórum Desembargador Sarney Costa.

Decisão judicial

A decisão foi proferida pela juíza auxiliar da 3ª Vara do Tribunal do Júri, Glaucia Helen Maia de Almeida. Segundo ela, ainda é necessário cumprir diligências, como a juntada de provas e interceptações telefônicas autorizadas durante o processo.

Primeiro adiamento

Inicialmente, o júri popular estava marcado para o dia 30 de junho de 2025. Na ocasião, o juiz Clésio Coelho Cunha determinou o adiamento ao considerar que algumas ações precisavam ser realizadas para garantir o direito à defesa.

Entre os pontos levantados estavam:

  • Necessidade de juntada de documentos essenciais, como registros criminais do réu.
  • Inclusão de interceptações telefônicas realizadas pela polícia.
  • Falta de intimação da defesa para se manifestar sobre pedidos feitos pelo assistente de acusação.

Processo em andamento

De acordo com o magistrado, o cumprimento dessas diligências é fundamental para evitar alegações de cerceamento de defesa ou nulidade processual, o que poderia atrasar ainda mais o andamento do caso, que já se estende por cinco anos.

Relembre o caso

O caso aconteceu no dia 7 de junho de 2020, dentro de uma residência no bairro Quintas do Calhau, em São Luís. Graça era ex-mulher de Geraldo e tinha 57 anos. Já a filha dela, Talita de Oliveira, tinha completado 27 anos e acabado de se formar em Engenharia Civil.

A motivação do crime, segundo a Polícia Civil, seria uma disputa judicial pela divisão de bens entre Graça e Geraldo. Graça era sócia de uma empresa de locação de contêiner e, segundo a família, já tinha, na Justiça, o direito de metade dos bens. Já Talita era enteada de Geraldo e seria a herdeira legítima por parte da mãe.

Na época do crime, Geraldo viajou para Imperatriz para despistar a participação no crime, mas a polícia prendeu o autor, Jefferson Santos Serpa, que confessou a autoria e afirmou ter sido contratado por Geraldo, recebendo R$ 5 mil pela execução dos crimes.

Autor do crime já foi julgado

Jefferson Santos Serpa, que confessou ter matado Graça e Talita, foi julgado no dia 18 de agosto de 2022, pelos crimes de duplo homicídio, e condenado a 56 anos de prisão.

Na época, Jefferson Santos trabalhava como pedreiro na casa de Graça e Talita e matou as vítimas por estrangulamento e asfixia.

Jefferson Santos já tinha antecedentes criminais com um processo julgado na 2ª Vara de Entorpecentes de São Luís. Ele estava preso desde a época do crime e após a sentença, foi levado de volta para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.

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Da Redação

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