Jogador de futebol palestino morre após bombardeio israelense em Gaza, denuncia entidade esportiva

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A Associação Palestina de Futebol comunicou nesta quinta-feira a morte do jogador de futebol Muhannad Al-Laili, após o atleta não resistir a ferimentos sofridos em um ataque aéreo israelense contra sua casa, no campo de refugiados de Al-Maghazi, no centro de Gaza.

“Na segunda-feira passada, um drone atingiu o quarto de Muhannad no terceiro andar de sua casa, fazendo com que ele sofresse um sangramento grave no crânio, após o qual ele morreu na manhã de quinta-feira”, comunicou a Federação, em seu site.

Experiente nome do Khadamat Al Maghazi, clube local, o jogador tentava deixar o enclave para morar com sua esposa, que estava na Noruega com o então filho recém-nascido do casal. No entanto, o jogador não conseguiu se mudar e nem conhecer o filho, que nasceu no exterior durante o conflito.

Muhannad começou sua carreira no futebol com o Khadamat Al-Maghazi, subindo nas categorias de base para levar a equipe principal à primeira divisão da palestina na temporada 2016/2017. Mais tarde, ele se transferiu para o Shabab Jabalia, onde jogou duas temporadas e ajudou o time a conquistar o vice-campeonato na campanha 2018/2019 do torneio.

Posteriormente, ele se juntou ao Gaza Sports Club, mas uma lesão no ligamento cruzado o afastou dos gramados. Ele retornou ao campo, justamente, com o seu primeiro clube, Khadamat Al-Maghazi.

De acordo com a entidade esportiva, o número de atletas mortos na guerra chega próximo a 600 pessoas, com 265 do meio futebolístico.

“Desde 7 de outubro de 2023 subiu para 585, incluindo 265 mártires da família do futebol. O número de instalações esportivas destruídas pelas forças de ocupação chegou a 264, 184 das quais foram completamente destruídas e 81 parcialmente destruídas. Destes, o bombardeio israelense afetou 12 estádios construídos com financiamento da Federação Internacional de Futebol (FIFA), destruindo todos eles. Os estádios Yarmouk e Palestina na Faixa de Gaza também foram transformados em abrigos para os deslocados”, comunicou a associação.

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Da Redação

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