Janja recebe texto final do C20 com propostas de cooperação internacional sobre tributação, crise climática, saúde e direitos das mulheres

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A primeira-dama Janja Lula da Silva recebeu, nesta quarta-feira, o pacote de recomendações finais do Civil Society 20 (C20), o grupo de engajamento do G20 que reúne a sociedade civil organizada. O documento foi entregue durante a cúpula do C20, na Região Portuária do Rio, com propostas que contemplam entre as suas prioridades a cooperação internacional sobre tributação, crise climática, saúde e direitos das mulheres.

— Este é momento é realmente muito especial para o presidente Lula e para nós que estamos dividindo com ele essa presidência do G20, porque esse G20 foi exatamente isso: não uma presidência que o presidente da república exerceu no G20, ele dividiu essa presidência com a sociedade civil, com os movimentos sociais, os grupos de engajamento — avaliou Janja. — Isso foi muito importante.

Formalizado como um grupo de engajamento oficial do G20 em 2013, durante a presidência russa do grupo, o C20 no Brasil foi estruturado em dez grupos de trabalho, que representam suas pautas estratégicas e prioridades. O C20 faz parte, junto com outro 12 grupos de engajamento, do G20 Social, iniciativa lançada pela presidência brasileira para ampliar a participação de atores não-governamentais nas atividades e nos processos decisórios do G20, que reúne as 20 maiores economias do mundo, União Europeia e União Africana.

Este ano, alguns dos temas mais aquecidos nos debates do grupo foram os relacionados à cooperação internacional sobre tributação, devido à agenda governamental brasileira de defesa da taxação dos super ricos, afirma Henrique Frota, presidente do C20 no Brasil. Segundo ele, o C20 concorda com esta pauta, mas considera que está inserida em algo maior, que é a cooperação para tributação entre os países, “que nós queremos que seja debatida na ONU, e não na OCDE, como vinha sendo”.

— Outro tema muito discutido foi a questão das dívidas dos países — acrescentou Frota. — Hoje nós temos mais de 50 países no mundo que gastam mais pagando juros da dívida do que com saúde e educação, segundo relatório da ONU. Existe um mundo endividado e ele está majoritariamente na África e na América Latina.

Na visão de Frota, isso incapacita os países de investir não só em saúde e educação, como também em resposta climática e direito das mulheres e das comunidades locais.

 ( o Globo )

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Da Redação

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