Indivíduo que atuava em feiras como gerente, foi exonerado do município em 2019

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Na noite da última quinta-feira (03), foi preso um homem identificado como Robson Martins. A prisão gerou grande repercussão e o blog resolveu apurar o caso.

O Ministério Público estadual iniciou apuração do crime de apropriação de função pública contra indivíduo que atuava em feiras como gerente, fato este comprovado na última quinta quando da sua prisão em flagrante. O mesmo trajava um colete do programa Pacto Pela Paz do Governo do Estado (fabricado sem autorização) e realizava a cobrança de taxa (espécie tributária que só pode ser realizada pelo Poder Público).

A defesa de Robson nega que ele tenha usurpado a função pública e que tudo é feito com o aval dos feirantes, que o teriam contrato privadamente para gerir a feira.

Contudo, apuramos que de fato Robson foi nomeado para a função pública de Gestor das Feiras Livres do Município de São Luís, sendo exonerado da mesma em 23/05/2019.

A par desses fatos, fica claro que Robson se locupletou da função de gestor público das feiras da capital para ganhar a confiança dos feirantes e, após sua exoneração, permaneceu atuando na feira como gerente, agora realizando a cobrança de taxas.

Ainda no mesmo ano de 2019, o Sindicato do Comércio Varejista de Feirantes de São Luís ingressou em juízo com uma Ação contra Robson exigindo a prestação de contas dos valores arrecadados (Processo n.º 084292473.2019.8.10.0001). Houve decisão favorável determinando que o mesmo apresentasse contas dos recursos arrecadados dos feirantes, mas até o presente momento estas nunca foram apresentadas.

Diferentemente do que foi propagandeado, Robson é pessoa de índole violenta e já foi processado criminalmente por ameaçar um servidor da SEMAPA de morte, quando este tentou impedir uma rede de negociatas daquele nas feiras –  intermediação de pontos de venda; comercialização de barracas; agiotagem; cobrança de ´luvas´, dentre outras.

Informações também apontam que Robson tem manipulado os feirantes financeiramente e tenta mascarar sua atuação como agiota através da criação de uma suposta cooperativa, já que arrecadação por ele cobrada seria somaria grande quantia em dinheiro.

Recentemente, Robson também tentou impedir a instalação de Ecopontos nas feiras da COHAB e Vinhais, já que o espaço público loteado por ele sofreria diminuição.

Tendo em vista os fatos e provas acima e, por mais que parcela considerável dos feirantes da feira livre da Praia Grande tenha sido contrária à prisão- levados a isto insuflados por pré-candidatos a vereador e a prefeito ávidos por eleitorado-, fica claro que a ação do MP e da SEMAPA, relativa à prisão, é acertada.

Robson deve ser imediatamente afastado das feiras da cidade para que estas e outras inúmeras condutas – típicas de organizações criminosas – , que ocasionam a queda da qualidade do serviço oferecido à população nas feiras, sejam interrompidas definitivamente.

Robson foi solto na última sexta-feira, mas o processo judicial contra ele segue.

Continuamos acompanhando o caso.

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Da Redação

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