Hospital de Paulino Neves é alvo de denúncias contra médico e sua esposa diretora

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Denúncias de descasos no Hospital Estadual de Paulino Neves por parte da direção se estendem em muitos âmbitos e há muito tempo.

Longa espera, má atendimento, erros em cirurgias, diagnósticos errados e muito mais, sendo que essas denúncias têm sido frequentes.

Além disso, as denúncias também são nos âmbitos da falta de medicamentos, cirurgias em pacientes de outros municípios, falta de médico anestesista e erros no processo cirúrgico, são denúncias de pacientes que foram atendidos no hospital José Ferreira dos Reis, em Paulino Neves.

Nesta manhã de quinta-feira, (10), a equipe do Imaranhão teve acesso a documentos que mostram a diretoria Gabriele, fazendo encaminhamento de pacientes para sala de cirurgia atitude essa proibida, pois trata-se de uma enfermeira, como diz o Cofen que o cabe ao enfermeiro:

preparo dos pacientes para procedimentos cirúrgicos e não cirúrgicos;
coleta de sangue para avaliação bioquímica;
triagem e encaminhamento dos cidadãos para serviços médicos ou multidisciplinares (com psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas etc.);
supervisão e acompanhamento de pacientes internados.

Isso remete que o responsável por encaminhar pacientes ao processo cirúrgico, é o médico, e através de exames.

Outro fato preocupante é a falta de médico anestesista que é o responsável por proporcionar alívio ou ausência de dor ao paciente que precisa passar por procedimentos como cirurgias, exames ou qualquer situação onde exista essa possibilidade de desconforto.

No dia 21/07/ 2023 às 8h17min, deu entrada no hospital José Ferreira dos Reis, a paciente Francidalva de 40 anos, natural de Rosário, para ser submetida a um procedimento cirúrgico com o Dr. Carlos, uma colecistectomia que consiste na retirada da vesícula. Paciente com exame de hemograma completo com hemoglobina baixa para um procedimento de grande porte. Não se sabe quem examina esses pacientes que vêm de outros municípios para serem operados no HJFR.

A paciente foi operada ainda no período da manhã e após 8h30min de pós cirúrgico, a mesma começou a apresentar sinais de hipotensão, pele fria e dispneia. Sinais vitais todos alterados.

No momento o hospital não dispunha de soro fisiológico de 500 ml, fator que já é sinal de alerta para o cirurgião não submeter qualquer paciente a cirurgias desse porte. Às 21h17 min, a paciente veio a óbito.

“As cirurgias estão sendo realizadas com soros de 250ml, devido a falta de soros de 500ml ou 1000ml que é o ideal”, relatou uma denunciante.

Lembrando que por várias vezes chegam caravana de pacientes de outros municípios, os mesmos por vezes sem acompanhantes, eles tem alta no dia seguinte tendo que serem submetidos a uma viagem de mais de 300 km para chegar no seu município de origem.

Uma outra denúncia que se coloca contra o médico da unidade, DR. Carlos, é que, ele anda nos corredores, cozinha e outros locais com a roupa de procedimentos cirúrgicos, como você pode ver nessa imagem abaixo.

Fator que fere o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar  relacionado com a Qualidade e Segurança Assistencial que atua em todas as unidades do hospital e junto a todos os serviços visando evitar a Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS), também chamada de infecção hospitalar

Uma outra denúncia é que além dos encaminhamentos feitos pela diretora, que é enfermeira, os profissionais reclamam da desorganização dos prontuários e relatórios, pois quando vão acompanhar o quadro dos funcionários está uma verdadeira bagunça.

De acordo com as denúncias, tem dia que o médico DR. Carlos, está fazendo seus mutirões de cirurgias, sem anestesista presente, sendo que ele mesmo desempenha a função sem ter registro específico para a função. Mutirões esses, que acontecem quase que semanalmente, pacientes do município precisam de atendimento ficam quase 10 horas à espera.

Importante dizer que as atividades da Unidade de Cirurgia, RPA e CME são desenvolvidas por uma equipe composta por Cirurgiões, Anestesiologistas, Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem, Auxiliares de Enfermagem, Técnico administrativo, Acadêmicos-Internos, Residentes e Serviço de Higienização.

Nas redes sociais, familaires da paciente Francidalva clamam por justiça.

Veja uma sequência de denúncias contra a unidade hospitalar

 

https://www.portalimaranhao.com.br/idoso-diabetico-espera-mais-de-tres-dias-para-ser-atendido-no-hospital-de-paulino-neves/

https://www.portalimaranhao.com.br/paciente-idoso-fica-no-chao-e-espera-mais-de-quatro-horas-na-fila-para-ser-atendido-no-hospital-de-paulino-neves/

 

https://www.portalimaranhao.com.br/pacientes-reclamam-da-demora-no-atendimento-do-hospital-de-paulino-neves/

 

O médico, Dr. Carlos Alberto Vieira e Silva foi candidato a deputado federal em 2022, tirando 1.373 votos.

Entramos em contato com a Secretária de Saúde do Estado do Maranhão que até o fechamento da matéria não se posicionou.

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Da Redação

1 Comment

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  1. 1
    Israel sodree

    Infelizmente é grave a situação deste hospital. Quem deve avaliar os pacientes é o médico cirurgião. Como se pode fazer cirurgia em um hospital onde não tem UTI, onde não tem anestesista. Aí é brincar com valores éticos e morais. Já vir muito pacientes, de muitos municípios que conseguem cirurgia lá por amizades . Já vir pacientes com suspeita de pós operatório de perfuração na bexiga cirurgia esterectomia . Pacientes com hemorragia interna após cirurgia de hérnia . Quanto a falta de material é grave . Soube que coordenador farmacêutico é o secretário de saúde de Tutóia. Decadência aos serviços de saúde. Não se devem brincar com vidas . Tudo tem limites. Isso tem que ser denunciado ao ministério da saúde, conselho das classes dos profissionais. Como uma paciente de Rosário consegue uma cirurgia em Paulino Neves????? Isso não é os serviços de saúde que o sus preconiza . Isso é contra os princípios da saúde pública.

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