Homem jogado de ponte por PM sai em silêncio após depoimento à polícia

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O entregador Marcelo Barbosa Amaral, de 25 anos, que foi jogado de uma ponte pelo soldado da policial militar (PM) Luan Felipe Alves Pereira, prestou depoimento na tarde desta sexta-feira (6/12) à Polícia Civil. Ele foi ouvido na sede no bairro do Brooklin, na zona sul de São Paulo.

Marcelo deixou o prédio do 96° Distrito Policial (Brooklin) — onde também está situada a sede da 2ª Delegacia Seccional — sem falar com a imprensa. O rapaz estava acompanhado de uma mulher, que não teve a identidade revelada. Ele permaneceu por cerca de três horas na delegacia.

O entregador vestia uma blusa com capuz e procurou não mostrar o rosto. ele entrou em um carro e deixou rapidamente o local.

Um vídeo gravado com celular (assista abaixo) mostra o soldado da Polícia Militar (PM) Luan Felipe Alves Pereira arremessando o entregador Marcelo durante abordagem no bairro Cidade Ademar, na madrugada da última segunda-feira (2/12).

Durante a ação policial, os PMs estavam com câmeras corporais, o que contribuiu para a equipe de investigação entender a dinâmica do caso. Luan Felipe foi ouvido na última terça-feira (3/12) na Corregedoria da Polícia Militar.

No relatório interno da PM, os policiais envolvidos na ocorrência omitiram a informação de que um homem havia sido jogado de uma ponte. Eles dizem ter perseguido suspeitos, em motos, até chegarem a um baile funk, cujo fluxo se dispersou com a presença dos policiais do 24º Batalhão da corporação.

Somente após o comando do 3º Batalhão da Polícia Militar (PM) ficar ciente do vídeo, feito com celular – no qual o soldado das Rondas com Motocicletas (Rocam) aparece jogando o homem da ponte – um inquérito foi instaurado pela corporação.

O soldado Luan Felipe seguia atrás das grades, no presídio militar Romão Gomes, na zona norte paulistana, até a publicação desta reportagem.

 

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Da Redação

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