
Antes mesmo da votação final na Câmara dos Deputados, integrantes do governo Luiz Inácio Lula da Silva afirmam já contar com o Senado e, posteriormente, com o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar alterar pontos do “PL Antifacção” que deve ser aprovado pelos deputados.
O Palácio do Planalto e o Ministério da Justiça trabalham para recuperar, ao menos em parte, o texto original enviado pelo governo. A avaliação interna é de que o relator na Câmara, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), recuou de diversos trechos após pressões do mercado financeiro, da Polícia Federal (PF) e do próprio governo, mas ainda manteve dispositivos considerados problemáticos pela base governista.
Entre os pontos dos quais Derrite desistiu estão a equiparação de penas aplicadas a facções criminosas às previstas para terrorismo e a retirada de autonomia da Polícia Federal em investigações conduzidas nos estados.
Mesmo assim, setores do governo e lideranças de partidos de esquerda seguem preocupados com possíveis mudanças que a oposição pode tentar aprovar no plenário da Câmara. A estratégia agora é garantir ajustes no Senado e, se necessário, recorrer ao STF para restabelecer itens da proposta original.


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