‘Foram incêndios criminosos, disso não temos dúvida’, diz promotor do MP-SP

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Seis pessoas foram presas até o momento por causar incêndios no interior de São Paulo. O delegado Jorge Amado Cury Neto, diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter 3), em Ribeirão Preto, afirmou que há diversos inquéritos abertos em várias cidades do interior do estado para investigar as causas dos incêndios com participação humana, mas evitou falar em números. O Deinter 3 abrange 93 cidades.

Além dessas investigações, há outro inquérito em andamento no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Ribeirão Preto para verificar se há uma conexão entre os presos autores dos incêndios.

— Nós não estamos no momento nem de descartar nem de confirmar [uma ação coordenada]. Agora é apurar, para verificar as provas. Vamos estudar todos os casos para ver se há relação — afirmou Neto. — Não dá para saber ainda se há conexão entre elas. Às vezes, é uma coisa pontual, local, e que estão jogando em outra pessoa. A linha principal é tentar entender, neste momento, em cada cidade o que aconteceu.

Além da Polícia Civil, o Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), do Ministério Público de São Paulo, acompanha as queimadas pelo estado. Segundo o promotor Luis Fernando Rocha, nenhuma informação é desprezada.

— Por que não descartamos nada? Porque o fogo foi pegando gradativamente no estado todo, sob o fenômeno “30, 30, 30” [com ventos acima de 30 km/hora, temperatura acima de 30 graus Celsius e umidade do a abaixo de 30%]. Isso proporciona condições para que haja incêndios. Por outro lado, o que temos visto é que, se não tem ação humana, o fogo não brota do nada — ponderou. — Foram incêndios criminosos, disso não temos dúvida. Mas não significa que tem organização. Até agora, não constatamos nenhum vínculo subjetivo entre as prisões.

O Deic da capital não tem nenhum inquérito aberto para investigar uma possível ligação do Primeiro Comando da Capital com os incêndios criminosos pelo estado.

No último sábado, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi até Ribeirão Preto e criou um gabinete de crise com a participação das Polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros de São Paulo, Exército, Marinha e Aeronáutica. Além disso, há uma troca de informações com a Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo para apurar as motivações dos incêndios. ( o Globo )

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Da Redação

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