
A fila do Bolsa Família chegou a 987,6 mil famílias em novembro de 2025, o maior número desde 2022 e o quinto mês consecutivo de crescimento. O avanço não indica piora econômica, mas sim um represamento de beneficiários já habilitados, que ainda aguardam inclusão na folha.
Atualmente, 18,7 milhões de famílias recebem o benefício — o menor volume desde 2022 — após 2,9 milhões de exclusões por aumento de renda, fraudes identificadas ou revisão cadastral.
Com o orçamento no limite, o governo não deve liberar novas concessões antes de 2026. O programa já consumiu R$ 146,5 bilhões neste ano e restam apenas R$ 12,1 bilhões para dezembro, valor insuficiente para manter o ritmo atual. Sem crédito extra ou remanejamento, técnicos admitem como possibilidade travar cadastros ou até atrasar pagamentos.
A incerteza aumenta a pressão política sobre o governo, que ainda não esclareceu como garantirá os repasses do último mês do ano.


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