Ex-major diz que mensagens de Braga Netto eram “choradeira de perdedor”

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O ex-major do Exército Ailton Barros afirmou, em interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF), que as mensagens encontradas entre ele e o general Walter Souza Braga Netto — com pedidos do ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) para atacar os chefes das Forças Armadas — eram “choradeira de perdedor”.

Ailton, um dos réus na ação que apura suposta trama golpista em 2022, confirmou que recebeu mensagens de Braga Netto e ressaltou que a amizade com o general existia porque ele pretendia criar um “elo” político com o ex-ministro, visando criar apoio para uma candidatura nas eleições.

Ao STF, o ex-major disse que considerou as mensagens de Braga Netto como “lamúria, choradeira de perdedor de campanha”. Segundo ele, os pedidos buscavam pressionar os comandantes das Forças Armadas que se opunham à tentativa de golpe.

“Quando o general Braga Netto me envia a mensagem, o entendimento que tive era de lamúria, choradeira de perdedor de campanha. Eu entendi, naquele momento, um desabafo — porque eu não tinha todo o contexto que os senhores têm, sobre se teve reunião, teve isso, teve aquilo. Nunca fiz parte do governo”, disse.

Em mensagens interceptadas pela Polícia Federal (PF), Ailton sugeriu, em conversa com Braga Netto, que fosse pressionado o então comandante do Exército, general Freire Gomes, caso ele mantivesse o posicionamento contra a tentativa de golpe. “Vamos oferecer a cabeça dele aos leões”, escreveu o ex-major.

 

 

 

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Da Redação

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