EUA apresentam plano de paz à guerra na Ucrânia com concessões à Rússia

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O rascunho do plano de paz do presidente dos Estados UnidosDonald Trump, para encerrar a guerra na Ucrânia prevê concessões territoriais a Moscou, limita o tamanho das Forças Armadas ucranianas e impede futuras ampliações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) – pontos vistos como amplamente favoráveis à Rússia. O documento ainda abre espaço para a suspensão de sanções e para o retorno de Moscou ao antigo G8, além de permitir que o Kremlin mantenha todo o Donbass e parte da energia gerada pela usina nuclear de Zaporizhzhia.

As propostas foram apresentadas nesta quinta-feira (20) a Volodymyr Zelensky por uma delegação norte-americana. O presidente ucraniano confirmou o encontro e, em mensagem no Telegram, classificou a conversa como “muito séria”.

Segundo ele, “a parte americana apresentou suas propostas – os pontos de um plano para acabar com a guerra – sua visão”. Zelensky reafirmou que Kiev busca “um verdadeiro acordo de paz que não possa ser rompido por uma terceira invasão”, e insistiu que qualquer entendimento deve respeitar “nossa independência, nossa soberania e a dignidade do povo ucraniano”.

Zelensky afirmou ter delineado “princípios-chave” e que as equipes dos dois países trabalharão para garantir que o processo seja “genuíno”. Ele acrescentou: “Estamos prontos para um trabalho construtivo, honesto e rápido”.

O plano aumenta a pressão sobre Kiev, uma vez que a cessão de território é ilegal segundo a Constituição ucraniana e repetidamente rejeitada por Zelensky. Diplomatas europeus também reagiram, pedindo consultas mais amplas e alertando que qualquer acordo percebido como recompensa à agressão russa seria inaceitável.

Zelensky disse esperar falar com Trump nos próximos dias e ressaltou que “a força e o apoio dos EUA podem realmente aproximar a paz”. Ao mesmo tempo, reiterou que Moscou não tem desejo real de paz e afirmou estar dedicando a totalidade de seu tempo para garantir que ninguém possa acusar a Ucrânia de minar esforços diplomáticos.

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Da Redação

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