Uma pesquisa publicada na revista Nature Medicine em março traz novas pistas sobre como o próprio sistema imunológico do cérebro pode ajudar a combater a doença de Alzheimer.
O foco do estudo está nas microglias — células que atuam como “faxineiras” do cérebro. Elas são responsáveis por remover substâncias tóxicas, como os aglomerados da proteína beta-amiloide, que se acumulam em pessoas com Alzheimer.
O que é o Alzheimer?
- O Alzheimer é uma doença que afeta o funcionamento do cérebro de forma progressiva, prejudicando a memória e outras funções cognitivas.
- Ainda não se sabe exatamente o que causa o problema, mas há indícios de que ele esteja ligado à genética.
- É o tipo mais comum de demência em pessoas idosas e, segundo o Ministério da Saúde, responde por mais da metade dos casos registrados no Brasil.
- O sinal mais comum no início é a perda de memória recente. Com o avanço da doença, surgem outros sintomas mais intensos, como dificuldade para lembrar de fatos antigos, confusão com horários e lugares, irritabilidade, mudanças na fala e na forma de se comunicar.
Microglias controlam inflamação e ajudam na recuperação do cérebro
Analisando amostras do cérebro de pessoas que morreram com Alzheimer — algumas delas tratadas com imunoterapia — os pesquisadores observaram que, além de remover os aglomerados de proteína, as microglias também conseguem controlar a inflamação que costuma acompanhar a “limpeza”. Essa combinação ajuda o cérebro a se recuperar melhor.
“Durante muito tempo, a gente se perguntou se, ao estimular essas células a removerem a beta-amiloide, elas ficariam presas nesse modo de ataque, o que poderia ser prejudicial”, explica Gate. “Mas o que vimos é que, depois de fazerem a limpeza, elas voltam ao estado normal — e isso parece ser essencial para que o cérebro consiga se recuperar”, explica Gate.
+ There are no comments
Add yours