Os Estados Unidos entraram em um novo shutdown na manhã de quarta-feira (1º/10), resultando na paralisação de serviços públicos não essenciais e deixando cerca de 750 mil servidores federais sem remuneração. A crise evidencia fragilidades políticas do governo de Donald Trump, em seu segundo mandato.
Para os democratas, a paralisação representa uma oportunidade de reforçar sua imagem, posicionando-se como defensores de programas sociais e críticos das medidas do republicano.
O impacto imediato do shutdown já é percebido: parques nacionais começaram a fechar, atrasos em voos são esperados devido à falta de pessoal remunerado em aeroportos, e agências governamentais funcionam com planos de contingência. No Brasil, a embaixada dos EUA anunciou a suspensão de atualizações em suas redes sociais e alertou para possíveis atrasos na emissão de vistos.
O advogado Vinicius Bicalho, especialista em imigração, destacou que a paralisação pode “trazer riscos e impactos para vários setores, inclusive para os processos de imigração”, caso perdure.
Embora os republicanos tenham maioria no Congresso, não obtiveram votos suficientes para aprovar a proposta de financiamento temporário que manteria o governo funcionando até novembro. O bloqueio dos democratas, que defendem a manutenção de programas sociais como o Obamacare, foi decisivo para a paralisação.
A crise expõe fragilidades de Trump, que repete o impasse de 2018, e evidencia dificuldades para administrar seu próprio governo, mesmo enquanto busca consolidar sua imagem como mediador de conflitos internacionais, incluindo o Oriente Médio e a guerra na Ucrânia.
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