Um relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS revelou que uma empresa pertencente ao ex-ministro e ex-deputado federal Sarney Filho (PV) recebeu R$ 7 milhões, em março de 2025, de uma firma associada ao empresário Maurício Camisotti, preso na operação conhecida como “Farra do INSS”.
Segundo a CPMI, Camisotti é apontado pela Polícia Federal como um dos principais articuladores do esquema que desviou recursos de aposentados e pensionistas por meio de contratos fraudulentos e empresas de fachada.
Procurado, Sarney Filho confirmou o recebimento dos valores, mas afirmou que o pagamento se refere a serviços de consultoria administrativa prestados à família Camisotti. A versão, no entanto, tem sido questionada por investigadores e por parlamentares, que veem indícios de movimentações financeiras atípicas.
No Congresso, a revelação gerou forte reação. Deputados e senadores já discutem a convocação de Sarney Filho para depor e a quebra de seus sigilos bancário e fiscal, com o objetivo de rastrear a origem e o destino dos recursos.
O caso também reacende o debate político em Brasília. A família Sarney mantém, historicamente, interlocução com diferentes governos, incluindo o atual governo Lula, o que eleva a pressão para que a apuração ocorra sem blindagens políticas. Líderes partidários afirmam que o episódio deve ser investigado “com transparência e rigor”.
A defesa de Maurício Camisotti não se manifestou até a última atualização desta reportagem.
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