Em 1° discurso pós-7 de Setembro, Barroso ataca Bolsonaro e manifesta apoio ao TSE

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, reagiu às declarações dadas por Jair Bolsonaro durante os atos de 7 de Setembro. Segundo o ministro, “as pessoas sabem quem é o farsante” em razão de “ataques” que o Poder Judiciário vem sofrendo. “Uma das manifestações do autoritarismo é a tentativa de desacreditar o processo eleitoral e as instituições”, declarou Barroso nesta quinta-feira, 9, em primeiro pronunciamento pós-Dia da Independência, durante live promovida pelo TSE.

Durante sua fala, Barroso salientou que o sistema de voto eletrônico é “100% seguro” e tem a confiança dos brasileiros. “No dia 1° de janeiro de 2023, tomará posse o presidente eleito”, disse Barroso, ao mencionar que “líderes populistas” buscam deslegitimar o resultado eleitoral por enxergarem a derrota. “Para os perdedores, não há farmacologia jurídica”, afirmou. “É uma covardia atacar a Justiça Eleitoral por falta de coragem de atacar o Congresso Nacional”, declarou Barroso, dizendo que foi o Parlamento que sepultou o voto auditável.

11 líderes partidários derrubaram a proposta de emenda à Constituição do voto “impresso” depois de encontro com Barroso. Participaram das articulações os ministros do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Na sequência, Edson Fachin engrossou o coro da ofensiva contra a impressão do comprovante do voto, além de Cármen Lúcia afirmar que o país confia no atual sistema de votação, visto que o TSE tem uma série de protocolos de segurança.

Especialistas levantam dúvidas sobre o software das urnas

Amílcar Brunazo, engenheiro especialista em segurança de dados e voto eletrônico, afirmou que a confiabilidade das urnas eleitorais é duvidosa. De acordo com ele, o equipamento pode ser objeto de fraude. “O software é desenvolvido no TSE seis meses antes das eleições, compilado com 15 dias de antecedência, transmitido por internet pelos tribunais regionais e por cartórios e gravado num flashcard”, explicou Brunazo, durante audiência pública em comissão especial da Câmara dos Deputados.

“A equipe do professor Diego Aranha, dentro do TSE, mostrou ser possível pegar esse cartão, inserir nele um código espúrio, que não foi feito pelo TSE, e colocar na urna eletrônica”, salientou o especialista, ao mencionar que os brasileiros acabam tendo de confiar no servidor que vai pôr o dispositivo na máquina. “Muitas vezes é um profissional terceirizado. Realmente, o processo eleitoral brasileiro depende da confiança de todos os funcionários envolvidos. Isso é um equívoco”, lamentou Brunazo.

Carlos Rocha, engenheiro formado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica e CEO da Samurai Digital Transformation, defende a descentralização de poderes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo ele, a democracia brasileira não pode continuar a depender de um pequeno grupo de técnicos do TSE, que têm o controle absoluto sobre o sistema eletrônico de votação, de todos os códigos e chaves de criptografia.

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Da Redação

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