Editorial Imaranhão: Você sabe com quantos paus se faz uma canoa?

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VOCÊ SABE COM QUANTOS PAUS SE FAZ UMA CANOA??

Bom, talvez muito pouco daqueles que agora leem essa matéria (como também quem a escreve) saberá responder essa expressão popular que significa que algo não tem uma resposta simples ou direta.

Pois, aproveitando essa máxima popular, perguntamos: VOCÊ SABE QUANTO O PREFEITO AMÍLCAR ROCHA DIZ QUE CUSTOU A REFORMA (meia boca) DA ORLA DA BEIRA RIO?
VEJA SÓ – pelo menos do que se adverte a PLACA (obrigatória, conforme Lei Federal n. 5.194, de 1966) – que indica quanto do seu – do meu e do nosso suado dinheiro – foi gasto para SIMPLESMENTE pintar e organizar aquele espaço turístico, a administração de AMÍLCAR ROCHA diz que empregou a “pequena bagatela” de R$ 3.010,805,56 (três milhões, dez mil, oitocentos e cinco reais e cinquenta e seis centavos).

É inacreditável que o ex-prefeito tente-nos fazer acreditar que aquilo que se entregou, iniciado, conforme indica a mesma placa, em 26 de abril de 2024 e que previa a reforma e construção de infraestrutura turística do espaço tenha realmente custado esse assombro de valor.
Três milhões de reais transformados em uma obra tão precária que chega a ser cômica. Os recursos públicos foram claramente tratados como confetes em um carnaval de desperdício, espalhados ao vento com a mesma displicência de quem joga papel picado.

Pelo menos a placa oficial prometia, pomposamente, uma “reforma e construção de infraestrutura turística da orla da Beira Rio”, mas a realidade entregue quase no final do ano está longe (muito longe!, diga-se de passagem) de justificar a aplicação dos três milhões de reais investidos – ou melhor, aparentemente “desviados”.

Do que já se observa, as madeiras do piso da orla já se encontram soltas e parecem ter sido fixadas por uma equipe de equilibristas bêbados em dia de carnaval. Soltas, bambas, dançando uma coreografia tão instável que até as ondas do mar recuam envergonhadas. Já a pintura parece ter sido feita com o mesmo cuidado de uma criança em seu primeiro dia de aula, e a tal “infraestrutura turística” ainda não se viu. As tábuas do piso da orla?.

TRÊS MILHÕES DE REAIS TRANSFORMADOS EM ALGUMAS TÁBUAS BAMBAS E UMA PINTURA DIGNA DE UM FILME DE TERROR ARQUITETÔNICO!

É como se o dinheiro público tivesse evaporado, deixando para trás apenas migalhas de uma obra que deveria ser um cartão-postal, mas que hoje serve apenas como um monumento à má gestão, teatro de má administração; descaso administrativo que beira o cômico – se não fosse trágico. Conclusão: Alguém tem muito o que explicar sobre esses milhões que, claramente, fizeram um tour pelo município sem deixar rastros significativos.

Pelo menos restou a população local transformar essa “obra” em piada de botequim: “Essa reforma vai cair antes mesmo de ser terminada”.

Eis o resultado: uma “reforma” que envergonharia até mesmo o mais amador dos construtores. Uma verdadeira obra-prima do desperdício, onde cada centavo público parece ter sido transformado em um monumento à incompetência administrativa.

 

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Da Redação

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