Editorial Imaranhão: O trágico final da gestão Amílcar Rocha

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Uma das frases mais impactantes de Karl Marx, “A história se repete primeiro como tragédia, depois como farsa”, ainda ecoa como um convite à reflexão. Será que ela se aplica à atual conjuntura política? Vamos tentar entender o significado desta máxima à luz dos recentes acontecimentos que marcaram a transição entre as administrações de AMÍLCAR ROCHA e VINÍCIUS VALE.

Segundo informações reveladas pela equipe do novo prefeito, a transição foi marcada por um cenário no mínimo estranho, com informações truncadas e a sensação de que algo de, no mínimo nebuloso estava a se descortinar.

Eis que, ao assumir (em definitivo) a gestão municipal, a equipe de Vinícius Vale se deparou com o que pode ser descrito como um verdadeiro “apagão” administrativo: TODOS OS DADOS PRESENTES NOS SISTEMAS DA PREFEITURA DESAPARECERAM o que, tornará, esses “primeiros dias” um verdadeiro caminhar no escuro visto a ausência às informações contidas em processos administrativos; do desconhecimento da legalidade de diversas decisões administrativas e, na prática, até mesmo, do acesso a informações básicas da dos inúmeros servidores públicos, evidenciando, não só a tragédia moral que representou a administração AMILCAR ROCHA, mas, também a FARSA construída atrás de todo o discurso de moralidade, de apreço pela ética, de zelo pela coisa pública e, principalmente, do quanto que a ideia de probidade administrativa, que sempre esteve associado ao seu nome, não passou de um vaso de barro.

Diante do que agora começa a ser trazido à luz, ficam algumas dúvidas: Que razões teria a autoridade que autorizou essa ação? O que se pretendia esconder? Quais falhas se busca jogar para baixo do tapete? Ou, a intenção era somente dificultar o inicio dos trabalhos?

Em resumo, o sumiço de tantos documentos e informações essenciais ao serviço público, tanto sobre processos administrativos quanto sobre a situação funcional dos servidores públicos, ao passo que, efetivamente, pode tornar o início da gestão um verdadeiro “caminhar no escuro”, revela, todavia, não só uma tragédia moral da administração de Amílcar Rocha, mas também uma farsa construída em torno de promessas de ética e probidade, que agora se mostram vazias.

Não há explicação plausível para a decisão de apagar todas as informações registradas nos computadores das secretarias, comprometendo a continuidade dos serviços públicos e o acompanhamento das decisões administrativas. Quem tomou essa medida claramente tentou criar dificuldades para a nova gestão, tornando impossível conhecer a legalidade de atos como tributos, licitações, obras e outros processos administrativos já em andamento.

NA POLÍTICA, COMO NA MATEMÁTICA, SE ESTÁ FÁCIL, ALGO ESTÁ ERRADO.

No campo prático, a administração de Amílcar Rocha ficou marcada pela falta de obras, pela precariedade dos serviços e pelo abandono de serviços essenciais. No entanto, o cenário atual corre o risco de se tornar ainda mais vergonhoso, ao envolver um possível atropelo dos princípios da administração pública previstos pela Constituição Federal de 1988, como legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade. Tais princípios são também respaldados por leis esparsas, inclusive o Código Penal Brasileiro.

O impacto dessa “farsa” vai além do simples erro administrativo; ele abala a credibilidade das instituições públicas e afeta a confiança da população nas autoridades. Atos como esse corroem as bases da democracia, prejudicam o desenvolvimento econômico e social e aprofundam a desigualdade. Além disso, comprometem a integridade e eficiência da administração pública, prejudicando a preservação do patrimônio público e a transparência dos atos administrativos.

Editorial Imaranhão

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