Editorial Imaranhão: Chuvas desnudam uma cidade que insistimos não enxergar

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Nossa cidade inicia o ano de 2025 com o cenário de sempre: com a temporada de chuvas que,só começaram edesnudam o descaso de décadas de abandono na nossa infraestrutura comesgotos que despejam, sem qualquer cerimônia, dejetos diretamente no Rio Preguiças – a “joia da coroa” de nossa indústria turística – enquanto que a insegurança jurídica consolidada de vez, em duas faces de nossa (já histórica) negligência fundiária: de um lado, uma verdadeira indústria de invasões de terrenos geralmente orquestrado por pessoas de baixa renda e, de outro, a edificação de condomínios residenciais milionários que, como regra, ignoram as regras ambientais invadindo áreas de preservação permanente, com a complacência daqueles que têm o dever de proteger e os serviços públicos essenciais prejudicados pela supressão de diversos documentos.

Como se vê, os problemas são antigos, mas, desta vez, os protagonistas políticos, estes são novos. E o que se pode esperar? Talvez um remake. Um VALE A PENA VER DENOVO?

Diz o provérbio popular que, logo após toda tempestade, vem a bonança. Mas é melhor não antecipar comemorações, afinal de contas, as tarefas que aguardam nossos novos gestores e sua equipe de secretários são gigantescas e, frente a isso, bom que se diga que discussões triviais sobre por onde começar são meras distrações que em nada ajudarão.

O que importa saber é que, assim como as promessas eleitorais que se apresentaram no PLANO DE GOVERNO não pode significar apenas um “anexo” à documentação entregue à Justiça Eleitoral, faz-se urgente a execução de um Plano de Ação que proporcione à população, de forma concreta a marca institucional da nova gestão: NOSSO DESTINO É CRESCER, pois, efetivamente, muitas das ideias contidas no PLANO DE GOVERNO, se podem ser entendidas como figurativas de boa vontade, dependem, já agora, da ação prática e efetiva para sair do papel.

Chegamos ao momento dos (novos) gestores eleitos e a sua equipe de assessores – sair da comodidade de sempre: CULPAR A HERANÇA MALDITA DOS ANTIGOS GESTORES.

A nova gestão, diante dos problemas apontados (e outros que não caberia em apenas num texto)não pode se dar ao luxo de demorar a perceber que, problemas como o rigor da quadra invernosa, a infraestrutura capenga e a desordem administrativa deveriam ter sido percebidos pela “equipe de transição” e já despontar como prática diária.

Para fim de conversa, se deixe claro (antes de algum desavisado gritar que é apenas o começo da nova gestão) que não se espera um “abracadabrado prefeito para que, num passe de mágica, se mude esse quadro dramático.

O que, também não se pode (é apenas) exigir paciência de quem observa sua rua com água avançando pelas casa e, que, apenas rogue preces à Deus para essa situação. Não se espera mágica para problemas históricos.

O ponto é que, se almejamos crescimento, não basta apelar para desígnios divinos, tampouco para palavras altissonantes que encantam o ouvido mas não movem o alicerce. O pré-requisito é ação – concreta, eficaz e com efeitos práticos. Nós aguardamos, à beira de uma espera que parece eterna, por algo mais que discursos elaborados e gesticulações teatrais. Resta-nos esperar, porque reclamar, ao menos por ora, é redundância.

 

Editoral Imaranhão

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