Dólar cai e Bolsa bate recorde com calmaria global e emprego no Brasil

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O dólar recuou 0,31% frente ao real, cotado a R$ 5,33, nesta sexta-feira (28/11). Já o Ibovespa registrou alta de 0,45%, aos 159.072,13 pontos. Com isso, ele bateu um novo recorde de fechamento, superando a marca obtida na quarta-feira (26/11) de 158.554,94 pontos. Durante o pregão, o principal índice da Bolsa brasileira (B3) também atingiu uma nova máxima histórica, ao chegar a 159.685,29 pontos, às 16h11.

Na avaliação de Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, o último pregão de novembro foi marcado por um maior apetite por risco, tanto interna quanto externamente. Ele foi motivado pela crescente possibilidade de um corte de juros nos Estados Unidos, em dezembro.

“Essa perspectiva se consolidou no fim do mês, levando a um movimento de enfraquecimento do dólar no exterior”, diz o especialista. “Some-se a esse quadro o bom desempenho das moedas emergentes ao longo da semana, o que reforçou o movimento favorável ao real.”

No cenário doméstico, acrescenta o analista, o câmbio recebeu um suporte adicional do fluxo estrangeiro para a Bolsa de Valores — que caminha para fechar novembro com valorização de cerca de 6%.

Desemprego

Além disso, os investidores acompanharam, nesta sexta-feira, a divulgação da taxa de desemprego do Brasil, que ficou em 5,4% no trimestre encerrado em outubro. O número representou um recorde, chegando ao menor nível da série histórica, iniciada em 2012. O dado foi captado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), veiculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Esse conjunto de fatores ampliou a percepção de que os juros no Brasil podem permanecer elevados por mais tempo”, afirma Shahini. Para o analista, isso favorece o diferencial de taxas entre o mercado brasileiro e o americano, mantendo pressão baixista sobre o dólar.

Ibovespa

Os papéis da petroleira caíram depois da divulgação do plano estratégico de 2026 a 2030 da empresa. Nele, a companhia evitou sinalizar qualquer possibilidade de pagamento de dividendos extraordinários. Ela decidiu apresentar apenas a projeção de distribuição de US$ 45 bilhões a US$ 50 bilhões para os quatro anos a partir de 2026.

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Da Redação

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