Um conjunto de documentos que circula nas redes sociais e em blogs políticos trouxe à tona uma grave denúncia contra o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD). De acordo com as informações divulgadas, entre 2021 e 2022, a gestão municipal teria repassado cerca de R$ 21.985.720 oriundos da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) para a empresa Construmaster, de propriedade do empresário Antônio Calisto.
A CFEM é uma compensação paga por empresas que exploram recursos minerais no Brasil e tem destinação específica para investimentos em áreas como saúde, educação e infraestrutura. O fato de valores dessa natureza terem sido transferidos em larga escala para uma única empresa levantou suspeitas sobre a real aplicação dos recursos.
Outro ponto que intensificou as acusações é que o próprio empresário teria tornado público, em redes sociais, um episódio envolvendo corrupção e extorsão que, segundo ele, teria como protagonistas o prefeito Eduardo Braide e o secretário de obras, David Col Debella. O relato, somado ao alto volume de recursos movimentados, alimentou questionamentos sobre possíveis irregularidades na contratação e na execução de obras pela Construmaster.
Diante da gravidade do caso, a denúncia pede que órgãos como a Câmara Municipal de São Luís, o Ministério Público Federal, a Controladoria-Geral da União e a Polícia Federal aprofundem as investigações para esclarecer se houve desvio de finalidade no uso da CFEM e qual foi o destino real desses mais de R$ 22 milhões.
A revelação coloca a gestão Braide em mais uma situação delicada, especialmente pela falta de transparência que ronda diversos contratos da prefeitura. Até o momento, não houve manifestação oficial do prefeito nem do secretário citado, o que aumenta a pressão por explicações.
Se confirmadas, as denúncias podem configurar um dos maiores escândalos envolvendo recursos federais administrados pelo município de São Luís.
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