Durante a dosimetria das penas dos réus do núcleo crucial da trama golpista, nesta quinta-feira (11/9), o ministro Flávio Dino lamentou que o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, tenha que pagar “preços injustos” vindos de “uma mentira que deseduca a sociedade”.
“O relator tem pago preços injustos. Injustos não por ele, mas pela família dele”, disse Dino.
Além de ataques constantes por parte de aliados do ex-presidente, Moraes foi alvo de sanções aplicadas pelo governo dos Estados Unidos. O ministro e familiares tiveram os vistos revogados, e ele foi sancionado, ainda, com base na Lei Magnitsky.
Criada com o objetivo de punir autoridades internacionais acusadas de violação aos direitos humanos, a lei norte-americana afeta os alvos, principalmente, por meios econômicos, como o congelamento de bens e contas bancárias em solo ou instituições dos EUA.
Condenação
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) fechou em 4 a 1 o julgamento da trama golpista, condenando o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados dele por crimes, como organização criminosa e golpe de Estado. É a primeira vez que um ex-presidente do Brasil é condenado por crimes contra a democracia.
Após o voto do ministro Luiz Fux, que discordou dos colegas de Supremo Alexandre de Moraes e Flávio Dino, os ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin votaram, na tarde desta quinta, e fecharam a condenação pelo placar de 4 a 1. Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão.
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