Muita confusão foi feita com a fala do secretário de Articulação Política, Rubens Pereira. Ele disse que a vaga de vice em uma futura chapa encabeçada por Felipe Camarão (PT) em 2026 foi o motivo para o rompimento entre os palacianos e os dinistas. Na verdade, não é o motivo, mas foi um dos motivos para o distanciamento entre os governistas.
Em uma reunião, há cerca de três meses, foi discutida a formação da chapa majoritária do grupo governista quando se reiniciou uma aproximação de Felipe Camarão com o governador Carlos Brandão (PSB). A possibilidade de saída do governador em abril de 2026, a disputa para o Senado e o nome do candidato a vice-governador foram colocados na pauta.
Como a vaga de senador ficaria com Carlos Brandão, o grupo dinista logo disse não para a possibilidade de indicação do vice para Felipe Camarão. E o motivo é claro porque Camarão saíria do governo em 2030 e o seu vice sentado na cadeira do Palácio dos Leões poderia disputar a reeleição.
A vaga de vice, por isso, é muito estratégica e como o nome que aparecia na mesa de diálogo era o do secretário de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão (MDB), os dinistas disseram não para o governador. A partir daí, as conversas começaram a rariar a cada dia.
Mas isso não foi o determinante único para o rompimento. Aliás, o distanciamento teve início ainda em 2022 e ficou cada vez maior a partir de janeiro de 2023, quando Flávio Dino, agora ministro do Supremo Tribunal Federal, participou do carnaval em São Luís em local distante de Carlos Bandão na ocasião.
Motivos? São muitos. Vai desde lista de pagamento de contratos até briga por espaço de poder dentro do governo. Traições, vinganças e desintendimentos constantes dos dois lados.
+ There are no comments
Add yours