Desembargadora montou organização criminosa com os próprios filhos

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A desembargadora Lígia Maria Ramos Cunha Lima (foto em destaque), do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), e seus filhos, Rui Barata Lima e Artur Gabriel Ramos Barata Lima, tornaram-se réus sob acusação de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. A decisão foi tomada pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) nessa quarta-feira (19/25), no âmbito da Operação Faroeste, que investiga um esquema de venda de decisões judiciais relacionadas a disputas de terras no oeste da Bahia.

A desembargadora também é acusada de obstruir as investigações entre novembro de 2019 e dezembro de 2020, quando foi presa. Durante buscas em sua residência, a polícia encontrou diversos documentos relacionados às investigações da Operação Faroeste.

Além das acusações criminais, Lígia Maria Ramos Cunha Lima foi aposentada compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em novembro de 2024, devido ao seu envolvimento no esquema de venda de sentenças e na grilagem de terras.

Mesmo após a aposentadoria compulsória da magistrada pelo CNJ, o STJ manteve sua competência para julgar o caso. O tribunal seguiu o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que determina que crimes cometidos durante o exercício da função devem continuar sendo julgados na instância superior, mesmo que o investigado já tenha deixado o cargo.

A Operação Faroeste foi deflagrada em 2019 e investiga um complexo esquema de corrupção no Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), envolvendo magistrados, servidores públicos, advogados e empresários. O esquema tinha como objetivo vender decisões judiciais para legitimar a posse de terras no oeste do estado.

Via: Metrópoles

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