Os casos de exploração sexual infantil na região do arquipélago do Marajó, no Pará, seguem repercutindo em todo o Brasil, chamando a atenção para esse problema que atinge milhares de famílias marajoaras, vitimando crianças e adolescentes. Diante dessa situação, Deputados do Partido Liberal (PL) estão na linha de frente contra a oposição, incentivando a instauração de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) para investigar a situação em que se encontra o Marajó.
Na Assembleia Legislativa do Pará, o Deputado Estadual Toni Cunha (PL-PA) protocolou o pedido de instauração de CPI na Casa de Leis Paraense, mesmo com grande resistência da base aliada do Governador do Estado, Helder Barbalho (MDB). “Através do cenário alarmante noticiado pela imprensa brasileira, é imprescindível que esta Casa Legislativa, dentro de sua função constitucional de fiscalização da Administração Pública, analise o tema” – disse o Deputado Estadual Toni Cunha (PL-PA).
Além do autor do protocolo, Toni Cunha (PL-PA), já assinaram o documento os Deputados Rogério Barra (PL-PA) e Coronel Neil (PL-PA). Ao todo, há 9 assinaturas até agora das 14 assinaturas necessárias. Um deputado voltou atrás e pediu para retirar sua assinatura de apoio. O pedido de Toni Cunha (PL-PA) teve apoio do Deputado Federal Delegado Éder Mauro (PL-PA), que é Presidente do Partido Liberal do Pará, também.
“É um absurdo o desinteresse da maioria dos deputados estaduais em abraçar uma causa tão importante para o Estado. Acredito que o impedimento maior possa estar relacionado ao Governo Estadual que, além de não fazer nada pelo Arquipélago ao longo dos anos, interfere nas articulações da Casa Legislativa e ainda transfere a culpa da situação no Marajó para a gestão do governo Jair Bolsonaro” – diz Éder Mauro (PL-PA).
Os casos de exploração sexual de crianças no Marajó ganharam notoriedade após a cantora Aymeê relatar a situação durante sua participação no programa de televisão religioso “Dom Reality” no último dia 16 de fevereiro. “O Marajó é uma ilha próxima de Belém. E lá tem muito tráfico de órgãos. Lá é normal isso. Tem pedofilia em nível hard”, disse Aymeê. “Marajó é muito turístico, e as famílias lá são muito carentes. As criancinhas de 6 e 7 anos saem numa canoa e se prostituem no barco por R$ 5”, ressaltou a artista.
“As denúncias de tráfico de pessoas, pedofilia e outros crimes deploráveis são sérias. O irônico dessa situação é que o Brasil, por meio do congresso, deve formalizar a CPI para investigar os casos. E aqui do Pará, diante da negligência de deputados da base de apoio do governo, há um comportamento de descaso e irresponsabilidade. Nós continuaremos denunciando os casos e observando os problemas do poder público que não consegue atender dignamente a população da Ilha do Marajó”, declarou o deputado Rogério Barra, líder do Partido Liberal na Assembleia Legislativa do Pará.
CPI DA EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL NO MARAJÓ
O Deputado Federal Delegado Éder Mauro (PL-PA) defende uma investigação aprofundada sobre os casos de violência e exploração sexual contra crianças e adolescentes no Arquipélago do Marajó, com a instalação de CPIs nas Casas Legislativas do Pará e do Brasil.
A indicação negativa da Assembleia Legislativa do Pará é um contraponto à movimentação do Congresso Nacional e do Senado Federal. No Congresso, o pedido de CPI de autoria dos Deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Paulo Bilynskyj (PL-SP) para investigar as denúncias de pedofilia na Ilha de Marajó recebeu 171 assinaturas. Para que a CPI tenha início, é necessário que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, leia o requerimento em plenário.
Éder Mauro (PL-PA) é um dos parlamentares que assinaram o pedido de CPI na Câmara dos Deputados, em Brasília. Além de Éder, também assinaram a CPI do Marajó na Câmara Federal os Deputados Federais Caveira (PL-PA) e Joaquim Passarinho (PL-PA). ( partido liberal )
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