Foragido após operação da Polícia Federal, o deputado estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha (PRB-BA), pode ter o mandato suspenso e ser afastado de seu partido.
Segundo apurou a coluna, parlamentares da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) devem discutir o futuro do deputado em reuniões ao longo desta semana.
Caso Binho seja suspenso da Casa Legislativa, ele deve ser imediatamente afastado também do partido.
O deputado, como revelou o Metrópoles na coluna de Fábio Serapião, é suspeito de manter ligações com a milícia. O parlamentar foi alvo de uma ação da PF que mira uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro, agiotagem e extorsão.
Em nota oficial, a presidente da Alba, deputada Ivana Bastos (PSD-BA), afirmou que, assim que a Assembleia for notificada, adotará as medidas cabíveis.
“A presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputada Ivana Bastos, em respeito à sociedade baiana e ao princípio da transparência institucional, diante dos fatos noticiados nesta quarta-feira (1º) envolvendo o deputado estadual Binho Galinha, informa que, assim que a Casa Legislativa for oficialmente notificada, adotará as medidas internas cabíveis, em observância à Constituição, às leis e ao Regimento Interno. Assim que houver ciência oficial, o Conselho de Ética será acionado para analisar o caso de forma objetiva”, diz a nota.
Binho e alianças com o PT da Bahia
Eleito deputado estadual em 2022, Binho pertence a base do governo e é aliado ao governo do PT da Bahia, comandado pelo governador Jerônimo Rodrigues.
Essa não é a primeira vez que o deputado está envolvido em suspeitas relacionadas à milícia no seu estado. Em 2023, por exemplo, ele foi apontado como líder da quadrilha investigada pela operação El Patron, também da PF.
O grupo era suspeito de ligação com lavagem de dinheiro por meio do jogo do bicho, agiotagem, extorsão, dentre outros atos ilícitos.
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