O gerente de Beach Soccer da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Eurico Pacífico, foi demitido por justa causa nesta terça-feira (6), em uma decisão que surpreendeu o meio esportivo. A medida chamou atenção não apenas pelo termo utilizado — normalmente reservado para casos graves de conduta — mas também pela ausência de justificativas técnicas ou trabalhistas que respaldem a decisão.
Eurico teve papel fundamental na consolidação do futebol de areia brasileiro no cenário mundial, acumulando títulos e resultados expressivos à frente da modalidade. Sua demissão, considerada abrupta por muitos, levantou suspeitas de motivação política nos bastidores da CBF.
A polêmica se agravou com a ausência do craque maranhense Datinha, camisa 10 e capitão da seleção brasileira de beach soccer, na última convocação. Campeão de tudo com a amarelinha e ainda em plena forma, Datinha não foi chamado, o que reforça rumores de perseguição política, especialmente por sua relação próxima com Eurico Pacífico. Fontes apontam que a exclusão teria influência de figuras do próprio Maranhão.
Nos bastidores, a tensão cresce dentro da CBF, especialmente após denúncias envolvendo o presidente Ednaldo Rodrigues, e o aumento expressivo dos salários dos presidentes das federações estaduais, que agora chegam a R$ 215 mil mensais. O cenário tem intensificado as disputas políticas regionais, como no Maranhão, onde o presidente da federação local — que prometeu um mandato de transição de três meses — está há 14 anos no cargo. Recentemente, ele teria alterado o estatuto para dificultar a participação de novos candidatos na eleição que se aproxima.
Entramos em contato com Datinha, mas não obtivemos resposta até o fechamento desta matéria.
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