Os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS continua seus trabalhos essa semana e traz possibilidades de inserir nas investigações duas personagens relacionadas a política do Maranhão. A primeira é advogada mineira, Clara Alcântara, e a segunda, o senador Weverton Rocha (PDT).
No primeiro caso, já foi apresentado um requerimento pedindo a convocação da advogada, que tornou-se conhecida no Maranhão por pedir para ser terceira parte na Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) do caso do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Ela fez denúncia de negociação de vaga de conselheiro do tribunal, que atualmente é alvo de investigação da Polícia Federal.
O requerimento foi apresentado pelo relator da CPMI, Alfredo Gaspar (União-AL). O parlamentar alega que Clara Alcântara é advogada da Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos – COBAP, uma das cooperativas apontada como beneficiária do esquema de descontos indevidos de aposentados e pensionistas.
Pelo pedido do deputado federal, Clara Alcântara é a representante legal em mais de 11 mil processos relacionados a cooperativa. Além disso, Alfredo Gaspar diz que a atuação da advogada contraria o Estado da Advocacia quando ela trabalha em várias unidades da federação com a mesma peça judicial. Segundo o relator, isso demonstra uma engrenagem estruturada para garantir os descontos indevidos.
O requerimento de Gaspar ainda não entrou em pauta para análise dos membros da CPMI do INSS. Resta saber, se aprovado, a advogada conseguirá evitar seu depoimento com uma decisão judicial vinda do Supremo Tribunal Federal (STF) conforme ocorreu no caso do depoimento na investigação do Ministério Público Estadual.
A segunda personagem que pode ser investigado na comissão é o senador Weverton Rocha. Neste fim de semana, o site Metrópoles trouxe a informação de que o ex-assessor do pedetista, o empresário Gustavo Marques Gaspar assinou documento que dá poderes ao consultor Rubens Oliveira Costa, apontado pela Polícia Federal como o “carregador de mala” do lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS.
O indicativo é que a investigação contra o senador (se for iniciada) seja direcionada na suposta relação dele com o Careca do INSS.
Por enquanto, não há qualquer requerimento com pedido de depoimento de Weverton Rocha. Mas existe a possibilidade.
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