A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aprovou, nesta quinta-feira (18), requerimentos para convocar presidentes de associações investigadas pela Polícia Federal (PF) devido aos descontos indevidos a aposentados e pensionistas. Foram convidados também os atuais diretor-geral da PF e o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU) para falar aos parlamentares.
As convocações dos presidentes das associações envolvidas em benefícios a aposentados e pensionistas fazem parte de um acordo entre parlamentares aliados e de oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) firmado no início dos trabalhos da CPMI. Somente os presidentes, como representantes dessas organizações, serão chamados.
Entre os nomes que deverão prestar depoimentos são Vânia Marques Pinto, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), e Milton Baptista Souza Filho, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi).
O irmão de Lula, José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, é vice-presidente do Sindnapi. Por não ocupar a presidência do órgão, ele não está entre os nomes chamados pela CPMI. Deputados e senadores da oposição, entretanto, tentam encontrar alguma ligação de Frei Chico com os esquemas de fraudes no INSS para convocá-lo como depoente.
Também foram aprovados os convites para que o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, o ministro da AGU, Jorge Messias, e o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques de Carvalho, prestem depoimentos. Se não comparecerem ao serem convidados, eles serão convocados pela CPMI.
Hoje, o colegiado ainda começa a ouvir o advogado Nelson Wilians e familiares e sócios do lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. Eles foram convocados como testemunhas pela CPMI no início desta semana, após o “Careca do INSS” e o empresário Maurício Camisotti conseguirem autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para não comparecerem às oitivas.
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