Como a promessa de Lula de ampliar o número de ministérios impacta as contas públicas

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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva deve recriar ministérios que foram extintos e criar outras pastas, conforme anunciou diversas vezes ao longo da campanha eleitoral. A expectativa é que a nova esplanada tenha até 34 ministérios contra os 23 do governo Jair Bolsonaro.

Lula já indicou que dividirá o Ministério da Economia em três pastas: Planejamento, Fazenda e Pequenas Empresas. O mesmo deve ocorrer com Igualdade Racial, Direitos Humanos e Mulher, também unificados no governo Bolsonaro. Previdência Social e Segurança Pública também devem ganhar status de ministério, além de Pesca (hoje anexada à Agricultura) e Cultura (que integra a estrutura do Turismo).

Além disso, Lula já prometeu criar o ministério dos Povos Originários, “para que eles nunca mais sejam desrespeitados, para que eles nunca mais sejam tratados como cidadãos de segunda categoria”.

A estratégia de Lula vai na contramão de gestões anteriores, que reduziram o número de pastas. Ao assumir o governo após o impeachment de Dilma Rousseff, o presidente Michel Temer (MDB) reduziu de 31 para 29 o número de ministérios. Já Bolsonaro começou com 22 e vai encerrar o governo com 23 ministérios.

Apesar do crescimento de pastas, aliados de Lula negam que haverá um inchaço da máquina pública por causa do aumento do número de ministérios. Em nenhum momento da campanha, o presidente eleito detalhou como seu futuro governo dará conta dos custos para criação e retorno desses ministérios.

“Vamos criar os ministérios que forem necessários criar. É uma bobagem pensar que o ministério custa muito. Uma agência reguladora custa muito mais”, justificou Lula durante a disputa presidencial.

 

Gazeta do Povo

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Da Redação

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