A ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), atualmente detida em Roma, na Itália, precisou ser transferida de cela após ser alvo de agressões físicas por parte de outras detentas. Segundo a defesa da ex-parlamentar, os ataques ocorreram em pelo menos três ocasiões distintas. O advogado Fábio Pagnozzi relatou que a administração penitenciária italiana inicialmente não agiu, alegando alta rotatividade na unidade, mas cedeu ao pedido de transferência para garantir a integridade física de Zambelli, que agora ocupa uma cela em um andar superior.
Zambelli está presa em solo italiano após fugir do Brasil para evitar o cumprimento de uma pena de 10 anos de reclusão, imposta pela Primeira Turma do STF. Ela foi condenada por participação na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ao lado de um hacker.
Renúncia e Vacância na Câmara
O cenário político da ex-deputada também sofreu alterações definitivas:
Renúncia Formal: No último dia 14 de dezembro, Zambelli oficializou sua renúncia ao mandato parlamentar junto à Secretaria-Geral da Mesa da Câmara;
Substituição: O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), já determinou a convocação do suplente Adilson Barroso (PL-SP) para assumir a vaga;
Conflito Jurídico: Anteriormente, a Câmara havia rejeitado a perda do mandato de Zambelli, mas o ministro Alexandre de Moraes anulou a decisão, classificando-a como inconstitucional e com “flagrante desvio de finalidade”.
A transferência de andar no presídio de Roma é vista pela defesa como uma medida paliativa de segurança, enquanto o processo de extradição ou permanência na Itália segue em tramitação. A renúncia de Zambelli encerra um longo impasse entre o Judiciário e o Legislativo sobre a manutenção de seu mandato após a condenação criminal.


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