Caiado anuncia linha de crédito e grupo de trabalho para proteger economia de Goiás

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Diante da escalada na crise diplomática e comercial entre Brasil e Estados Unidos, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), anunciou neste sábado, 12, uma série de medidas com o objetivo de proteger a economia estadual dos impactos das novas tarifas impostas pelos EUA a produtos brasileiros. Em declaração publicada nas redes sociais, Caiado classificou a situação como grave e afirmou que não pode esperar por uma reação do governo federal, que, segundo ele, “não esboça nenhuma ação”.

“Os últimos acontecimentos envolvendo o Brasil e Estados Unidos mostram um sério agravamento na crise com reflexos na vida de trabalhadores e empresas. As soluções para os desafios do Brasil não virão de fora para dentro. Precisamos reagir com firmeza e responsabilidade”, disse Caiado em vídeo gravado durante missão oficial ao Japão.

Como resposta imediata, Caiado determinou a abertura de uma linha de crédito com taxas inferiores às de mercado para empresas goianas que possam ser prejudicadas pelo chamado “tarifaço” norte-americano. A sobretaxa de 50% sobre diversos produtos brasileiros — como soja, carne e derivados do aço — deve entrar em vigor a partir de 1.º de agosto, e Goiás, grande exportador do setor agroindustrial, pode ser um dos estados mais afetados.

Além da linha de crédito, o governador anunciou a criação de um grupo de trabalho com representantes do governo estadual e da iniciativa privada. O objetivo, segundo ele, é avaliar medidas adicionais capazes de proteger a economia local, manter empregos e evitar o fechamento de empresas.

“O objetivo é não deixar desempregar nenhum trabalhador ou fechar qualquer empresa que possa ser penalizada com as medidas anunciadas pelos Estados Unidos”, afirmou.

Caiado também ressaltou que o momento exige foco nas consequências sociais da crise comercial. “É hora de pensar nas pessoas, cuidar das famílias e preservar empregos”, declarou.

Resposta ao cenário internacional

Embora não tenha feito críticas diretas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador indicou que tratará do aspecto político da crise ao retornar ao Brasil, reforçando que, por estar em viagem oficial ao exterior, prefere manter a reserva recomendada por figuras históricas da política brasileira.

“Sobre a crise política, sigo os ensinamentos de Carlos Lacerda de que não se comenta estando fora do país. Na terça-feira retorno do Japão, onde estou em missão oficial, e me posicionarei.”

 

 

 

 

 

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Da Redação

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