Após a apresentação da denúncia contra Jair Bolsonaro (PL) pela Procuradoria-Geral da República (PGR), bolsonaristas têm apostado em Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, como o possível “salvador” de seu líder. O discurso da extrema direita nas redes que busca esperança no exterior se conecta com outros dois eixos de argumentação: que os crimes imputados a Bolsonaro seriam frutos de perseguição política e que instituições brasileiras seriam parciais.
É o que aponta relatório da Palver, empresa especializada em análise de trends nas redes sociais, compartilhado com exclusividade com a Agência Pública. A pesquisa analisou as citações à denúncia da PGR desde 22 de novembro do ano passado até hoje (19) às 12h, em uma amostra que reúne mais 90 mil grupos no WhatsApp, 4 mil grupos no Telegram e 10 mil perfis no TikTok, além de outras redes.
De acordo com o documento apresentado ontem pela PGR, Jair Bolsonaro foi o “líder” de uma organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado no Brasil a fim de mantê-lo no poder. Entenda quais são as provas do relatório que baseou a denúncia.
A pesquisa da Palver indica que a repercussão da denúncia foi mais forte entre bolsonaristas do que entre outros grupos que compuseram a amostra. Ainda que o estudo tenha sido conduzido em grupos e perfis de diferentes espectros políticos e temas, os três eixos temáticos principais trazem os argumentos da extrema direita sobre a acusação contra seu principal líder.
Ainda que a denúncia tenha sido apresentada ontem à noite, o coordenador de inteligência e análise da Palver, Lucas Cividanes, avalia que “o tema já estava aquecido nas redes”, por se tratar de uma decisão esperada. No último dia, as menções cresceram mais de 35 vezes no WhatsApp e 100 vezes no Telegram.
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