As forças militares de Israel disseram, nesta quarta-feira, que seus caças realizaram uma série de ataques no sul do Líbano. Segundo uma fonte de segurança libanesa, a ofensiva matou quatro civis na região, incluindo duas crianças, e feriu nove pessoas. A iniciativa é uma escalada significativa nos combates recentes, e aumenta os temores de uma guerra entre os dois países após meses de fogo cruzado na fronteira.
O ataque israelense ocorreu horas depois de disparos de mísseis vindos do Líbano terem matado uma soldado e ferido sete pessoas no norte de Israel. Omer Sarah Benjo, de 20 anos, morreu “em consequência de um tiro [de foguete] vindo do território libanês”, disse o Exército, que pouco antes havia relatado a retaliação.
O Hezbollah, organização política e paramilitar libanesa baseada no fundamentalismo xiita, tem trocado tiros quase todos os dias com as tropas israelenses desde que a guerra entre Israel e Hamas começou, há mais de quatro meses. Ao menos 247 pessoas já morreram do lado libanês, sendo a maioria combatentes do Hezbollah, mas também 34 civis, segundo um balanço feito pela AFP. Do lado israelense, nove soldados e seis civis foram mortos, segundo o Exército.
O chefe das Forças Armadas de Israel (FDI), Herzi Halevi disse, após se encontrar com comandantes perto da fronteira com o Líbano, que na próxima campanha as tropas usarão “todas as ferramentas e capacidades”. Afirmou, ainda, que sua equipe tem intensificado os ataques, e que “o Hezbollah está pagando um preço cada vez mais alto”.
Na terça, o líder do grupo libanês, Hassan Nasrallah, afirmou que a ofensiva acabará “quando o ataque a Gaza parar e houver um cessar-fogo”.
— Se eles (Israel) ampliarem o confronto, nós faremos o mesmo — alertou, em um discurso televisionado.
Os temores de outro conflito em grande escala entre Israel e Hezbollah cresceram, e milhares de pessoas se deslocaram em ambos os lados da fronteira. Em janeiro, Halevi afirmou não saber “quando será a guerra no norte”, mas pontuou que “a probabilidade de ocorrer nos próximos meses é muito maior do que era no passado”. No mesmo mês, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que as tropas terrestres do país entrarão em ação “muito em breve” na fronteira.
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