As sanções impostas hoje pelos Estados Unidos contra a esposa de Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes, e contra o Lex Instituto de Estudos Jurídicos, ligado à família do ministro do STF, abriram um novo capítulo na crise diplomática entre Brasília e Washington. Além disso, diversos vistos de autoridades brasileiras foram revogados, incluindo o do advogado-geral da União, Jorge Messias, e de outros auxiliares próximos ao Judiciário.
A medida foi aplicada com base na Lei Global Magnitsky, que permite aos EUA punir estrangeiros acusados de corrupção ou violações de direitos humanos, congelando bens e restringindo viagens. O alvo, desta vez, não foi apenas a figura de Moraes, mas também sua estrutura familiar e institucional, numa clara mensagem de que a pressão americana não ficará restrita a nomes periféricos.
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Os próximos alvos no radar de Washington
A avaliação em Washington é de que as sanções de hoje representam apenas o primeiro passo de uma ofensiva que tende a se expandir. A expectativa é de que os próximos nomes a entrarem na lista sejam ministros do Supremo Tribunal Federal — especialmente aqueles que acompanharam Moraes na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Entre os mais citados estão Flávio Dino, Carmen Lúcia e Cristiano Zanin, apontados como corresponsáveis por decisões que, na avaliação americana, violam liberdades fundamentais e o devido processo legal.
Mas a ofensiva não deve se restringir ao Judiciário. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, também surge como potencial alvo de sanções, diante do seu papel político nas articulações contra a chamada “anistia ampla” e de sua proximidade com setores que defendem a manutenção das condenações impostas à direita.
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