A Bancada Feminista do PSol apresentou oficialmente um requerimento para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar o aumento dos fem1nicíd1os em São Paulo. O pedido ocorre após uma sequência de casos chocantes registrados nos últimos dias no estado, que reacenderam o debate sobre vi0lênc1a de gênero e políticas de proteção às mulheres.
Para a sigla, a CPI é necessária para identificar causas, motivações, falhas de políticas públicas e eventuais omissões do estado. O requerimento menciona também a lei que transformou o feminicídio em crime autônomo, com pena de 20 a 40 anos, e endureceu o tratamento penal para agressores. Mesmo com a lei, a Bancada Feminista afirma que os números mostram que apenas punição não tem sido suficiente para conter o avanço da vi0lênc1a.
No último domingo (30/11), Tainara Souza Santos, de 30 anos, teve as duas pernas amputadas após ser arrastada por um carro por mais de 1 km na Marginal Tietê. Segundo a polícia, o agressor é ex-companheiro dela. Um dia depois, na segunda-feira (1º/12), a zona norte da capital foi palco de mais uma tentativa de fem1nicíd1o: um homem invadiu a pastelaria onde a ex-namorada trabalhava e at1rou contra a mulher usando duas p1st0las. A vítima, de 38 anos, foi bal3ada ao menos seis vezes. O agr3ssor fugiu.
De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), a cidade de São Paulo registrou 53 fem1nicíd1os entre janeiro e outubro de 2025, o maior número desde o início da série histórica, em 2015. O recorde foi alcançado mesmo sem a inclusão dos registros de novembro e dezembro.
No estado como um todo, foram 207 casos de fem1nicíd1o no mesmo período. Além das 53 ocorrências na capital, houve 101 registros no interior e 40 na região metropolitana. O total representa um aumento de 8% em relação ao ano passado, quando o estado somou 191 feminicídios entre janeiro e outubro.

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