O Brasil deixou oficialmente, nesta segunda-feira (28/7), o Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), ao apresentar uma taxa de desnutrição inferior a 2,5% da população, o limite que define a inclusão no índice global. A nova classificação consta no relatório “O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025” (SOFI 2025), lançado durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU, em Adis Abeba, Etiópia.
A conquista reflete a média trienal dos anos de 2022, 2023 e 2024. No período anterior, entre 2019 e 2021, o país havia retornado ao mapa, após tê-lo deixado em 2014.
Ainda assim, dados oficiais alertam: a insegurança alimentar continua presente e atinge milhões de brasileiros, mesmo com a melhora nos indicadores internacionais.
Segundo a FAO, apesar da melhora na taxa de subnutrição — que caiu de 5,7%, há duas décadas, para menos de 2,5% — a insegurança alimentar grave ainda atinge 3,4% da população brasileira.
Isso equivale a mais de 7 milhões de pessoas que convivem com a fome real, sem saber se terão ao menos três refeições no dia.
O índice de insegurança alimentar moderada, segue alarmante, chegando a 13,5%, representa cerca de 29 milhões de brasileiros com acesso instável a alimentos ou sob risco constante de fome.
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