Parece que o brasileiro não está mais tão afim de “zoar e beber”, como dizia a música de 2013! Pelo contrário: uma pesquisa encomendada pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA) para a publicação do “Álcool e a Saúde dos Brasileiros: Panorama 2025”, revelou que, em 2025, cerca de 64% dos brasileiros declararam não ter consumido álcool.
Aliás, o número de brasileiros que declararam não ter bebido neste ano supera a edição anterior, de 2023, quando 55% disseram ter ficado longe da bebida. Quem se destaca no novo ranking são os jovens: 64% das pessoas de 18 a 24 anos afirmaram não ter consumido álcool, enquanto 61% dos entrevistados entre 25 e 34 anos também ficaram longe.
A pesquisa analisou ainda outros fatores relacionados à abstinência, ou seja, aqueles que preferem se distanciar da bebida. Segundo os dados, os grupos que mais deixaram de beber neste ano são indivíduos com ensino superior, moradores da região Sudeste, pertencentes às classes A e B, e concentrados em municípios metropolitanos e capitais.
A pesquisa, feita com 1.981 brasileiros maiores de 18 anos de diferentes classes socioeconômicas, mostra que, apesar de 64% declararem não ter consumido álcool, a bebida ainda continua firme entre os “exagerados” de plantão, definido como quem consome sete doses ou mais em uma só ocasião.
Entre os entrevistados, 82% se consideram consumidores moderados, enquanto apenas 9% admitem que precisam rever a relação com o álcool. O estudo ainda aponta que o grupo mais vulnerável ao consumo intenso, são homens de 25 a 44 anos, com ensino médio, residentes das regiões Norte e Centro-Oeste.
Os números sobre consequências do álcool também chamam atenção: em 2023, foram registradas 73.019 mortes associadas ao consumo excessivo, e em 2024, 418.467 internações no Brasil. Um salto preocupante quando comparado a dados de 2010, mostrando que, mesmo com abstêmios, a bebida continua sendo um risco para os brasileiros.

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