
O Agibank teve a oferta de empréstimos consignados suspensa pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nesta quarta-feira (3/12), após auditoria identificar mais de mil contratos firmados após a morte dos aposentados contratantes, entre 2023 e 2025. As irregularidades foram constatadas pela Controladoria-Geral da União (CGU), que encaminhou o caso para investigação da Polícia Federal (PF).
Segundo dados obtidos pelo Metrópoles via Lei de Acesso à Informação, os repasses do Agibank cresceram de R$ 77 mil em 2020 para R$ 5,3 bilhões em 2025 — um salto de quase 69 mil vezes. Desde o início do acordo firmado em 2020, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o banco já acumulou R$ 14,8 bilhões em valores descontados diretamente dos benefícios de aposentados e pensionistas.
A carteira de consignados da instituição também disparou: de 20 mil contratos em junho de 2020 para 461 mil em dezembro do mesmo ano. Atualmente, o banco soma 1,57 milhão de contratos ativos.
Entre 2020 e outubro de 2025, o faturamento das 87 instituições habilitadas pelo INSS para atuar com consignados dobrou e atingiu R$ 466 bilhões. A evolução anual dos repasses ao Agibank foi a seguinte:
▪️ 2020 – R$ 76.991,90
▪️ 2021 – R$ 346.953.638,92
▪️ 2022 – R$ 1.668.879.117,46
▪️ 2023 – R$ 2.902.850.668,75
▪️ 2024 – R$ 4.552.241.144,88
▪️ 2025 – R$ 5.314.053.226,47
▪️ Total – R$ 14.785.054.788,38
Além da suspensão aplicada pelo INSS, o Agibank responde a um processo administrativo que pode resultar na rescisão definitiva do acordo que autoriza sua atuação no mercado de consignados destinados a beneficiários da Previdência Social.


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