Nesta manhã, os papéis da Petrobras recuavam mais de 7% no pré-mercado de Nova York. Na Alemanha, o tombo das ações era de 5%
No dia seguinte à divulgação dos resultados do balanço financeiro da Petrobras, que decepcionou o mercado, as ações da companhia brasileira continuam sendo negociadas em forte baixa nos mercados dos Estados Unidos e da Europa nesta quinta-feira (27/2).
Na manhã desta quinta, os ADRs recuavam mais de 7% no pré-mercado de Nova York. Na Alemanha, os papéis da Petrobras tombavam 5%.
Ainda na noite de quarta-feira (26/2), pouco depois do anúncio dos resultados da companhia, os ADRs (American Depositary Receipts ou recibo de ações negociados na Bolsa de Nova York) registravam fortes perdas, em um prenúncio do que pode ocorrer no pregão desta quinta.
O ADR é um certificado que representa ações de uma empresa. Ele é emitido no exterior e negociado em países diferentes daquele de origem da companhia.
Por volta das 20h50 (pelo horário de Brasília), os papéis PBR (que equivalem às ações ordinários) da Petrobras desabavam 5,73% e eram negociados a US$ 13,50 no pós-mercado de Nova York.
Já os PBR-A (equivalentes aos papéis preferenciais) tombavam 5,04%, negociados a US$ 12,43.
O tombo da Petrobras
A Petrobras reportou um prejuízo líquido de R$ 17,04 bilhões no quarto trimestre do ano passado, de acordo com dados divulgados pela companhia na noite dessa quarta-feira (26/2).
Em 2024, a empresa registrou um lucro acumulado de R$ 36,6 bilhões – foi o sexto ano consecutivo de resultados positivos. Entretanto, em relação ao ano anterior, a queda foi de 70,6%.
Em 2023, a Petrobras havia registrado o maior lucro líquido de sua história: R$ 124,6 bilhões.
Analistas do mercado projetavam que a Petrobras teria um lucro de R$ 70 bilhões em 2024. Ou seja, o resultado do ano passado veio bem abaixo das expectativas.
Este foi o primeiro balanço anual divulgado pela Petrobras desde a posse da nova presidente da empresa, Magda Chambriard, em junho do ano passado.
Segundo a Petrobras, o resultado negativo do período entre outubro e dezembro se deve, principalmente, aos impactos da desvalorização cambial e a maiores provisões nas despesas operacionais.
Sem considerar esses chamados “eventos exclusivos”, diz a Petrobras, a companhia teria obtido lucro de R$ 17,7 bilhões.
Ainda de acordo com a Petrobras, houve uma “deterioração do ambiente externo com a redução do preço do petróleo e das margens internacionais do segmento de refino, além de menores volume de produção de petróleo”.
A receita líquida da empresa no último trimestre de 2024 foi de R$ 121,2 bilhões, o que representou uma queda anual de 9,7%.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em R$ 40,9 bilhões no trimestre, uma baixa de 38,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
As despesas operacionais da Petrobras foram de R$ 43,081 milhões, com uma alta anual de 31,9%.
Em 31 de dezembro de 2024, a dívida líquida da Petrobras somava US$ 52,2 bilhões. Na comparação com o mesmo período de 2023, a alta foi de 16,9%.
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