A política maranhense caminha para um dos cenários mais imprevisíveis das últimas décadas

Estimated read time 2 min read

 

 

 

A política maranhense caminha para um dos cenários mais imprevisíveis das últimas décadas. O que antes era apenas sussurro nos bastidores agora ganha contornos de realidade: uma articulação envolvendo o prefeito de São Luís, Eduardo Braide, a senadora Eliziane Gama e o vice-governador Felipe Camarão pode dar origem a uma frente ampla e alternativa ao grupo do atual governador Carlos Brandão.

O encontro ocorrido nesta terça-feira (24), em São Paulo, entre Braide, Eliziane e o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, não foi uma simples troca de impressões. Tratou-se de uma reunião estratégica que sinaliza o início de uma reconfiguração política no Maranhão. A movimentação revela, principalmente, um possível distanciamento definitivo entre os “dinistas” — grupo ligado ao ministro do STF, Flávio Dino — e a base governista de Brandão.

A proposta de aliança entre Braide, Eliziane e Camarão reúne personagens que, até pouco tempo, transitavam por campos opostos. O que os une agora é o esgotamento do modelo político vigente e o desejo de montar uma candidatura competitiva que represente uma nova síntese do eleitorado maranhense: menos dependente de caciques tradicionais e mais aberta ao diálogo entre forças de centro-esquerda, progressistas e moderadas.

O nome de Braide como candidato a governador vem sendo consolidado, com Eliziane mirando uma vaga ao Senado. A surpresa, no entanto, é a possível presença de Felipe Camarão, seja repetindo a dobradinha como vice, seja ocupando a segunda vaga senatorial. Neste cenário, o PT manteria protagonismo na chapa, o que agrada o Palácio do Planalto e pode garantir o apoio institucional necessário à empreitada.

Se confirmada, essa aliança muda completamente o jogo. Não se trata apenas de uma soma de nomes fortes, mas da construção de um novo projeto político para o estado. Um projeto que rompe com as estruturas atuais, desafia o grupo de Brandão e pode atrair tanto setores descontentes da esquerda quanto eleitores do centro que não se veem representados na atual gestão estadual. É cedo para cravar qualquer resultado, mas uma coisa é certa: o Maranhão está diante de uma possível reviravolta.

 

 

 

 

Relacionadas

Da Redação

+ There are no comments

Add yours

Deixe uma resposta