O tradicional desfile de 7 de Setembro, em Brasília, não teve o público esperado pelo Palácio do Planalto. Apesar da convocação feita por assessores e do anúncio oficial de que seriam esperadas 50 mil pessoas, as arquibancadas da Esplanada dos Ministérios ficaram em grande parte vazias, e a presença popular foi quase inexistente.
A cerimônia contou majoritariamente com militares, servidores públicos, estudantes levados em caravanas e apoiadores de movimentos ligados ao governo. O público espontâneo, no entanto, foi praticamente nulo, o que chamou a atenção de quem acompanhava a transmissão ao vivo.
Outro ponto marcante foi a ausência de autoridades de peso: ministros do Supremo Tribunal Federal e o presidente do Senado não compareceram ao evento. A falta de adesão levantou questionamentos sobre se o esvaziamento foi apenas reflexo do desinteresse popular em participar do ato cívico, ou se também representou um recado político direcionado ao governo.
Além disso, a organização adotou forte esquema de segurança. Barreiras e cordões de isolamento dificultaram a aproximação da população comum, o que reforçou a sensação de que o desfile foi realizado sem contato com o povo.
Assim, a imagem transmitida ao país foi a de um presidente desfilando praticamente sem plateia — um contraste marcante com o que se esperava para a data cívica mais simbólica do calendário nacional.
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