A prisão dos generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, detidos em novembro em Brasília sob acusação de participação em uma suposta tentativa de golpe, abriu uma fissura dentro do Exército Brasileiro. Enquanto militares da reserva classificam as prisões como injustas e questionam a condução do processo, o Alto Comando da ativa mantém distância e trata o episódio como um caso isolado.
Entre os reservistas, a percepção predominante é a de que o processo apresenta falhas e carece de provas concretas que justifiquem a prisão e eventual condenação dos generais. Já na ativa, a ordem é preservar a instituição, evitar qualquer contaminação política e reforçar que a investigação envolve indivíduos, não o Exército como força.
As detenções, consideradas historicamente raras entre oficiais de quatro estrelas, reacenderam o debate sobre a relação das Forças Armadas com a política e sobre a necessidade de delimitar de forma mais clara o papel militar no regime democrático.


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