O Progressistas (PP) do Paraná decidiu, nesta segunda-feira (8/12), que não irá homologar uma eventual candidatura do senador Sergio Moro (União Brasil) ao governo do estado em 2026. A decisão aumenta a tensão interna na federação União Progressista, formada por União Brasil e PP, e dificulta a construção de um projeto comum para as eleições estaduais.
O presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, reafirmou que as decisões eleitorais serão tomadas de forma conjunta, mas destacou que respeitará integralmente a posição do diretório paranaense.
“Jamais ficarei contra a decisão do Paraná”, declarou o senador, demonstrando preocupação com possíveis desgastes dentro da federação.
O veto ao nome de Moro também reflete o cenário político do estado. O PP integra a base do governador Ratinho Junior (PSD), que pretende lançar um candidato próprio à sucessão em 2026. Entre os cotados estão os secretários Guto Silva e Rafael Greca, o vice-governador Darci Piana e o presidente da Assembleia Legislativa, Alexandre Curi.
Para aliados do governador, uma candidatura de Sergio Moro seria o maior obstáculo para consolidar uma chapa competitiva na base governista.
O deputado Ricardo Barros destacou que o registro de uma candidatura majoritária pela federação depende das assinaturas de Ciro Nogueira e do presidente do União Brasil, Antonio Rueda, mas afirmou que “não há consenso” para avançar nesse sentido.
A decisão do PP coloca Moro em um impasse político e abre novo capítulo na disputa interna da federação visando as eleições de 2026.
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